As 5 etapas do Design Thinking
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Existe uma estimativa de que os humanos têm cerca de 12 a 16 mil pensamentos por dia. Parece bastante, mas até 95% desses pensamentos são repetições do dia anterior. E faz sentido, dado que normalmente mantemos as mesmas rotinas todos os dias e, muitas vezes, lutamos com os mesmos problemas durante a maior parte das nossas vidas. É tão fácil repetir nossos pensamentos que se torna algo improvável interromper o hábito da repetição. Principalmente quando se trata de criar novas soluções.
Costumamos chamar pensamentos singulares de “fora da caixa”. Essa expressão acaba sendo usada de forma quase banal, como em entrevistas de emprego e briefings de clientes. Pensar “fora da caixa” é o santo graal da criatividade, mas há muito pouca orientação sobre como pensar fora da caixa.
Para muitos, pensar assim é como a sorte: você tem ou não tem, e mesmo que tenha uma dose de sorte um certo dia, ela pode rapidamente se esgotar.
Temos um segredinho para contar: pensar fora da caixa é apenas uma outra forma de definir o Design Thinking — e o Design Thinking pode ser aprendido e aperfeiçoado. Vamos mostrar como.
O que é Design Thinking?
Design Thinking é uma filosofia e um conjunto de ferramentas que ajudam você a resolver problemas de forma criativa. Diferentemente de outras técnicas de resolução de problemas, ele foca no ser humano para encontrar soluções. O Design Thinking prioriza as necessidades e os problemas das pessoas para as quais sua criação é voltada, ajudando a perspectiva humana a orientar a solução.
É uma abordagem única, pois outros métodos buscam priorizar a redução de custos ou maneiras de usar tecnologias atuais para solucionar problemas. O Design Thinking baseia-se muito na empatia para desenvolver inovações criativas. Ele busca melhorar a vida das pessoas resolvendo seus problemas e criando experiências melhores. Além disso, ele pode ser aplicado em todos os setores e a praticamente todos os tipos de problemas.
A história do Design Thinking
O uso de empatia para criar soluções existe desde o começo da humanidade, mas o método realmente passou a ser profissionalizado nos últimos cem anos. Em 1935, John Dewey começou a fundir os princípios de estética com os da engenharia, com foco no século XX. Seu trabalho influenciou designers como Richard Buchanan e Dan Koberg. No entanto, a metodologia do design centrado no ser humano e o Design Thinking é atribuída ao David Kelley, fundador da empresa de design IDEO e ex-engenheiro da Boeing.
A empresa do David tem mais de 1.000 patentes e trabalha com grandes organizações como Procter & Gamble, Gap, Marriott, Kaiser Permanente e Gamble. O David Kelley apresentava aos seus clientes uma proposta em que cada fase do processo tinha um preço individual: compreensão, observação, brainstorming e prototipagem. Embora inicialmente os clientes tivessem receio de pagar pelas duas primeiras fases, pois queriam ir direto para a fase três, era nesses estágios iniciais que as ideias incríveis e impactantes eram geradas. O David percebeu a importância dessas fases para incentivar a criatividade.
A maioria dos alunos é ensinada a identificar uma oportunidade, quantificar riscos e certezas por meio de cálculos e, em seguida, fazer otimizações com base nos resultados. O David humanizou a experiência do pensar, transformando o design de serviços em design centrado no ser humano. Enquanto o design de serviços foca na melhoria, o design centrado no ser humano prioriza a capacitação. O design de serviços trabalha com uma compreensão indireta do cliente, e o design centrado nas pessoas mira obter uma compreensão direta.
As 5 etapas do Design Thinking
Pode parecer contraditório que a criatividade tenha regras. Mas, na verdade, esses elementos são orientações para ajudá-lo a gerar novas ideias e continuar mantendo o foco no cliente. Você deve pensar fora da caixa, mas ainda se manter no mesmo contexto que "a caixa".
Vamos usar uma solução de ensino à distância para demonstrar cada uma dessas cinco fases do Design Thinking.
Empatia: ter empatia com seus usuários significa se colocar no lugar deles e entender suas situações. Em nosso exemplo de ensino à distância, coloque-se no lugar das crianças: elas estão entediadas, sentem falta de interações sociais e não estão acostumadas a frequentar a escola pela internet. Você também pode ter empatia pelos pais: estão frustrados, sobrecarregados e céticos. Ao ter ainda mais empatia, você também pode reconhecer que muitos pais e crianças não têm acesso a computadores e redes Wi-Fi estáveis.
Definir: em seguida, com base na compreensão que criou de seu público, defina suas necessidades e seus problemas. Em nosso exemplo de ensino à distância, você descobriu que uma enorme porção das pessoas no país não tem acesso a uma tecnologia estável, enfraquecendo a eficácia das soluções obtidas pela internet.
Gerar ideais: aqui você questionará suposições existentes e pensará em soluções inovadoras. Quem sabe você deixa de lado o ensino à distância baseado na internet e passa a usar redes de televisão locais ou encontros presenciais.
Protótipo: agora é o momento de colocar suas soluções em prática. Talvez você tenha lançado treze canais de televisão que transmitem aulas pedagógicas 24 horas por dia, 7 dias por semana, e acessíveis na maioria das regiões do país. Talvez você tenha decidido oferecer um serviço de internet rápido e gratuito. Seja o que for, agora é a hora de construí-lo.
Testar: funciona? Depois de implementar sua solução, você precisará testar, testar e testar novamente.
Embora tenhamos listado os passos em uma determinada ordem, eles não precisam necessariamente ser executados dessa forma. Você pode primeiro gerar ideias e depois revelar empatia. Ou você pode definir primeiro e gerar ideias em seguida. Essas são simplesmente as fases que melhor inspiram a inovação.
Como o Design Thinking beneficia as empresas
O ser humano quer ser compreendido. O Design Thinking prioriza as pessoas no processo de design, portanto, quando um problema é resolvido, o usuário se sente compreendido. Esse método de fornecer soluções acaba criando necessidades para o cliente.
Por exemplo, veja toda a evolução dos fones de ouvido. Os fones de ouvido com fio cumpriam sua função perfeitamente, mas eles não se adaptavam muito bem ao cotidiano do cliente: o cabo era uma confusão só e o usuário tinha que carregar consigo tanto os fones quanto o dispositivo ao qual se conectavam.
Fones de ouvido sem fio oferecem uma resposta direta para o problema: eles são simples de usar, não precisam estar nas imediações do dispositivo para serem utilizados e pausam automaticamente se um fone cair. Consequentemente, eles se tornaram uma aquisição obrigatória.
Veja mais alguns motivos para o Design Thinking ser tão importante para a inovação:
- Oferece uma nova perspectiva para os problemas.
- Ajuda a determinar a causa principal de um problema.
- Incentiva a colaboração, inovação e resolução de problemas.
- Gera empatia com o usuário.
- Incentiva a prototipagem e o feedback rápidos.
Quando a empatia é o foco das soluções, ela fica evidente no produto final. Os clientes percebem isso e se sentem compreendidos, o que incentiva uma inovação aprimorada e uma maior diferenciação em relação às outras empresas no mercado.
O Design Thinking também promove uma maior inovação nas equipes, em vez de se acomodarem com os mesmos pensamentos repetitivos. O processo incentiva a liberdade para inovar, com diretrizes que oferecem uma estrutura apropriada para pensar. Ele foca em pessoas que precisam de soluções, priorizando suas emoções e seus comportamentos. As maiores empresas da idade moderna, como a Apple, Microsoft, Tesla etc, implementam o Design Thinking para criar soluções elegantes para questões humanas. É por isso que usar um produto bem projetado dá uma sensação tão boa para o cliente: sentimos que participamos de sua criação.
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