Dicas para a fase de Definição do Design Thinking
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Design Thinking é bastante usado por designers de UX e UI que buscam oferecer uma experiência positiva para o cliente. O Design Thinking é um processo criativo e iterativo e baseia-se em uma compreensão aprofundada do público-alvo, do consumidor e dos usuários para quem o design está sendo projetado.
Existem 5 fases do Design Thinking e cada uma acrescenta ao passo anterior. A segunda fase, a da Definição, é especialmente interessante por vir logo depois da primeira, da Empatia, ajudando você a obter seus dados e começar a perceber os resultados de seu trabalho inicial.
Vamos ajudá-lo nesta segunda etapa para que você possa dar continuidade à sua jornada de Design Thinking.
O que é a fase de Definição do Design Thinking?
Imagine que sua equipe foi reunida para solucionar um grande problema de marketing. No entanto, não foi definido qual seria esse grande problema, então a equipe de marketing cria soluções para processos de marketing por e-mail, problemas de concepção de marketing para as redes sociais e diferentes maneiras de melhorar a qualidade do café na copa da empresa. Sem direção, não tem como saber o problema que deveria ser solucionado e você fica perdido.
A fase de Definição do Design Thinking identifica o problema que os designers estão tentando solucionar e incentiva todos a focarem na mesma solução. Essa fase também ajuda a definir o problema de forma prática: ele deve ser amplo, mas não impreciso; e objetivo, mas não limitante. O ideal é resumir o problema em uma única frase.
4 perguntas fundamentais para a fase de Definição
A melhor maneira de entender o problema é fazer uma análise a partir de diferentes perspectivas, mesmo sendo uma tarefa intimidadora e um tanto confusa. Felizmente, existem guias para ajudá-lo. Ao responder a algumas perguntas importantes, você conseguirá elaborar uma definição melhor para o problema.
- Quem está tendo o problema? É o seu usuário principal. Comece definindo seu usuário-alvo, assim como seus desejos, motivações e como interagem com seu produto. Se não souber quem você está tentando ajudar, você não conseguirá agregar valor à vida do cliente.
- Qual é o verdadeiro problema do seu usuário?Se você está criando uma plataforma de compra de automóveis, talvez você acredite que o problema que precisa solucionar é como oferecer uma maior variedade de opções de compra. Porém, talvez o seu usuário principal não precise de uma grande variedade de opções: ele é simplesmente indeciso. Analise os pontos problemáticos que você identificou durante a fase de Empatia e defina o que o usuário realmente precisa. Você também pode fazer um brainstorming para encontrar diferentes soluções para o problema.
- Onde está o problema?Isso é uma questão importante para os designers de UX pois o problema pode estar apenas em uma área específica (p. ex., no aplicativo de celular, na versão desktop, em uma parte específica do produto etc.). É um ótimo passo porque permite focar em uma área específica. Ou, se o problema estiver em diversas áreas, você conseguirá entender melhor os contextos nos quais ele deve ser corrigido.
- Por quê? Essa pergunta talvez seja a mais importante das quatro, pois ela propõe o que significaria para o seu usuário se o problema fosse resolvido. Qual valor seria agregado para o usuário? De forma geral, ao resolver o problema do usuário, como isso afetaria sua empresa?
Práticas recomendadas para a fase de Definição
Assim como há perguntas para ajudá-lo a concluir a fase de Definição, também existem diversas práticas recomendadas que você deve seguir nesta fase do Design Thinking.
Use uma declaração de ponto de vista (PDV)
Essa declaração é o resumo do seu trabalho. Ela define quem é seu usuário, quais suas necessidades e quaisquer elementos ou ideias marcantes que você tenha obtido em sua pesquisa. A declaração pode seguir uma fórmula: (usuário) precisa (verbo) porque (elemento ou ideia marcante).
Portanto, em nosso exemplo de plataforma de venda de automóveis acima, a declaração de ponto de vista poderia ser algo como: “Brian, o comprador de carro indeciso, precisa que o carro perfeito seja apresentado a ele porque ele não tem a confiança necessária para fazer uma compra de valor elevado como essa.” Mantenha a declaração de PDV centrada no usuário.
Pergunte “como podemos?”
Ao criar a declaração de PDV, você pode definir oportunidades para solucionar o problema do usuário por meio do design. Analise sua declaração de PDV e faça brainstorming de tópicos relacionados ao problema. Em seguida, acrescente “Como podemos...” no início desses tópicos e problemas para transformá-los em uma pergunta. Por exemplo, usando a declaração de PDV acima, algumas perguntas de “Como podemos” poderiam ser:
- Como podemos descobrir qual o carro que o Brian quer?
- Como podemos deixar o Brian mais confiante?
- Como podemos apresentar opções de financiamento da melhor forma possível?
Suas declarações de “Como podemos” devem ajudá-lo a criar diversas soluções possíveis, inclusive as mais extravagantes ou inviáveis. O objetivo é gerar uma série de soluções para que você possa escolher as mais válidas e priorizá-las.
Use os 5 porquês
A técnica dos 5 porquês foi desenvolvida pela Toyota em seu treinamento de resolução de problemas para revelar a origem de problemas. Deve-se fazer uma pergunta inicial e, em seguida, perguntar “por quê?” para cada resposta obtida. Portanto, no exemplo do Brian, seria algo como:
- Por que o Brian não tem confiança suficiente para comprar um carro novo? Porque as opções o deixaram confuso.
- Por que as opções o deixaram confuso? Porque ele acredita que não tem o conhecimento necessário sobre carros para tomar uma boa decisão.
- Por que ele acredita que não tem o conhecimento necessário sobre carros? Porque quando ele tenta comprar um carro, ele não sabe quais perguntas deve fazer.
- Por que ele não sabe quais perguntas deve fazer? Porque ele não sabe quais os aspectos mais importantes para ele em relação ao carro.
- Por que ele não sabe quais os aspectos mais importantes para ele em relação ao carro? Porque ele nunca teve que pensar sobre nisso.
Portanto, a origem da falta de confiança do Brian para comprar um carro novo pode ser que ele não sabe o que realmente quer. Uma possível solução seria oferecer um questionário no seu produto para ajudar o Brian a descobrir suas principais prioridades para comprar um carro.
A escada do por que/como
Essa técnica é usada para descobrir uma variedade de necessidades do usuário, e as ações que podem ser tomadas para atender a essas necessidades. A escada começa fazendo uma pergunta importante e, em seguida, é perguntado "por quê?" várias vezes até que surja uma declaração mais abstrata contendo sentimentos essenciais do usuário. Em seguida, pergunte “como” em relação a cada declaração abstrata. Isso vai gerar uma hierarquia das necessidades do seu usuário que pode ajudar você a elaborar uma variedade de soluções.
Obtenha e analise histórias de usuários
Ao analisar histórias de usuários em um mapa da história do usuário, você poderá determinar quais tarefas e atividades causam maior desconforto para seu usuário e, em seguida, elaborar soluções para esse desconforto.
Se você sabe, por exemplo, que o Brian não gosta de fazer login em sites, você pode pensar em soluções alternativas para criar uma senha e nome de usuário. Ao visualizar um mapa da história do usuário, ficará mais fácil ver onde estão as oportunidades.
Experimente análise e síntese
Ao estabelecer sua declaração sobre o problema, você pode dividi-la em diferentes partes. Em seguida, veja cada parte e determine as soluções certas para esse segmento do problema.
Pronto! Agora você tem todas as ferramentas e dicas necessárias para identificar qual problema você realmente vai solucionar e por que será importante para o cliente.
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